sexta-feira, agosto 24, 2007

quinta-feira, agosto 23, 2007

em busca





Voltando sozinha sozinha só eu e o motorista no ônibus para o Rio aliás a viagem mais longa da estória-3 horas na volta depois de 1 hora e meia na ida! depois de uma "esticada" de espionagem até Iguabinha em busca da casa que eu nem sabia aonde era e eu andando por aquela rua com uma casa ali outra ali poucas pessoas passavam parecia que eu estava no faroeste o dia cinza terra mato e eu andando andando de repente apareceu uma casinhola um casebre - n. 518 com uma luz acesa do lado de fora e um cachorro pequeno e preto e simpático ao lado da porta. que depois veio falar comigo sorridente estava parada em frente `a casa olhando sem saber bati palmas e então surgiu do nada um carro estacionou ali, saiu um moço de poucas palavras e chamou o dono um nome agora esqueci era afonso angelo não sei perguntei `a ele se conhecia a pessoa que morava na casa ele disse que não mas parecia que ele conhecia sim. não sei se estava na casa errada, eu. parecia um filme. será que o moço que me deu a informação, no ônibus, e perguntou qual era o número, acho que ele ligou pro cara do carro ir lá ver uma moça que estava sondando a casa mas isso eu pensei depois, a estória do filme porque naquela hora como não apareceu não saiu ninguém de dentro da casa eu fui embora e andei de nôvo andei andei até chegar na lagoa aquela lagoa ou aquelas lagoas em que ficávamos quando criança mas acho que era em Sao Pedro D'Aldeia e que era bom crianças aquela água morninha e calma...e depois anos depois olhei praquilo tudo e achei muito brega. E agora voltando dentro desse ônibus fantasma, por outra estrada que não é a da ida. A ida. e agora pensando na casinha simples da D. Dulce e na D. Dulce -sem muita sofisticação, não sei muita coisa porque não havia nenhuma aproximação entre a gente pelo menos enquanto eu era criança talvez depois um pouco me lembro nas raras vezes em que íamos lá e ela fazia questão de que levássemos alguma coisa banana abria a geladeira maçã ou um pedaço de bolo, talvez. e roupas usadas.. engraçado acho que isso é coisa de antigamente? e ela se casou com o Milton -não conheci ou se conheci não lembro mesmo, só sei de algumas estórias mas acho que ele era o oposto dela provavelmente o papai se espelhou nele e depois a mamãe também simples se casa com o papai "sofisticado" ou querendo ser alguma outra coisa...o ônibus anda muito mais rápido na volta, não consigo fotografar só saem litras listras do passar estamos em saquarema, essas cidades são todas meio feiinhas e de casas que são caixotes. a ida. na ida veio rodoviária, algumas sensações de quando criança e eu não achava ela a rodoviária tão feia então; as dunas em Arraial, na Paia Grande, o acampamento, depois a casa de uma amiga da Ursula? quantos anos eu tinha então então então papai em alguma dessas vezes ou mais vezes? e eu gostava desse nome São Pedro DAldeia, gostava da idéia de aldeia ficava mais poético e pequeno e circular e também gostava de Pedro

sábado, agosto 18, 2007

sobre pintar e nao pintar


Não sei porque mas estou cada vez mais básica!...sobre pintar e não pintar...sei lá, não me sinto muito pintora atualmente ou não tenho mais tanta certeza esses meses...nesses meses. acho que porque, quando vi, estava numa série mi-ni-ma-lis-ta e então olho outros trabalhos de outras pessoas com pinceladas e técnicas e adoro e acho muito bom e é tão diferente do meu! me sinto mais próxima de uma essência que é quase nada, mais o nada, quase. e na verdade ainda quero simplificar mais. mas também acho lindo e adoro trabalhos como o do Borremans, do Luc Tuymans ou mudando completamente, da Ana, da Ni... massas, desenho, tinta.ver.

domingo, agosto 12, 2007

Persona



Relatório Bergman : Persona sexta `a noite, poucas pessoas no estação. Um começo maluco, com cenas desconexas, pensei erraram de filme, mas como a cópia estava em mau-estado (!) só podia ser o Bergman mesmo, uma música moderna, depois veio o letreiro Persona e continuou a montagem rápida...uau! Esse era bem diferente dos que eu havia visto durante a semana. Um monólogo. ou um diálogo entre duas mulheres, sendo que uma ( Liv) nada fala? Mudanca de personalidades. A luz que vai escurecendo bem aos pouquinhos no rosto da Liv Ullmann. A cena com as duas em que Bibi descobre o "segredo" e é filmada duas vezes : a primeira com a câmera no rosto da Liv ( e suas expressões!) enquanto a Bibi fala; a segunda com a câmera no rosto da Bibi e tudo é repetido. maravilhoso! os rostos acabam se juntando... Será que o filme ganhou algum prêmio? é de 66, leio depois. estou viciada, agora quero ver mais.
hoje está aquele dia suspenso no ar: sol, poeira, tem dia dos pais (bleargh!) e deveria ir cumprir minhas (minhas?) obrigações sociais...ou ficar em casa estudando - quase esqueci que me matriculei no vestibular da uerj, e aliás acho tão longínqua essa idéia...aliás não sei que idéia não é longínqua, longínqua que palavra estranha longe longilínea distante. longínqua. tento me encaixar em projetos mas não consigo realmente me ver em nenhum deles e também quero me ver neles. contradição. as coisas são e não são. escutando pat metheny as falls wichita so falls.será que dá pra colocar música no blog?
beijos tchau.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Ontem foi meu terceiro Bergman em uma semana! Segunda foi Da Vida das Marionetes, quarta Cenas de um Casamento, com a Liv Ullmann, que fez "parte" da minha adolescência, e ontem O Sétimo Selo, preto e branco lindo, uma trupe de pessoas pensando sobre a vida, a morte, Deus...e a Morte andando atrás delas! Estranho isso porque nunca pensei sobre a morte e tenho (ou tinha?) resistência `a isso, como se fosse mórbido... Ih, tá parecendo filosofia barata, é melhor só o Bergman falar sobre isso!
Saí andando pelo flamengo, depois praia de botafogo, e fui andando até o humaitá, imersa em meus pensamentos e umbigos e olhando as pessoas e pensando...lá fora um trânsito cão. prefiro ir andando `a ficar presa dentro de um ónibos, com aquele barulho insuportável do motor que acelera e freia e pára e acelera de nóvo e desvia...depois 157, lagoa rápida , tirei da bolsa o livro da Liv Ullmann que resuscitei (tenho há 20 anos! tem uma dedicatória do Mauro, sem data, mas deve ser de 80 ou 81) e é uma delícia, recordaçoes, retratos um pouco melancólicos, interiores...Mutações. De certa forma acho que sou eu mesma ali, quando leio e interiorizo esse personagem que em algum momento da minha vida se misturou com o meu personagem... era engracado como adorávamos tudo isso! Bibi Anderson, Ingrid Thulin, Liv Ullmann...eu, mauro, ursula, mamãe talvez? tudo tão intelectual e pensado e um pouco duro também e denso e difícil e agora não quero mais parar de ver! Hoje vou tentar ver Persona.
subi ipanema, suco de melancia, parei prá ver a loja da Bel que realmente está muito linda.
prazeres.

segunda-feira, agosto 06, 2007


Foi bom voltar pela ponte entardecendo tudo cinza levemente viloeta um toque de azul escuro ali e aqui...queria filmar fiquei filmando internamente fui fotografar a máquina estava sem bateria! os volumes os depósitos do porto fachadas da marinha o mar espesso navios a cor entardecendo na verdade anoitecendo porque estava naquele intervalo que não é noite nem dia, ando gostando dos cinzas. depois irritação com kombi velha e motorista chato dando em cima de mim e eu me esquivando toda hora, cheguei em casa, pizza de frigideira rápida maravilhosa - abobrinha e champignos e cebola e molho de tomates -e fui correndo ver o Bergman "tout seul" no Paissandú. Foi tão bom, aqueles planos longos as análises o tempo inteiro e tudo sendo dito e pensado e também muita neurose e"encucação", e tão diferente do que se vê hoje e tão genial por isso, anos 60 ou 70? vou procurar saber, esse filme eu não havia visto, Da Vida das Marionetes, o título é ótimo e fiquei pensando se tinha `a ver com aquele livrinho de mesmo nome de um autor que esqueci o nome, do séc xix que se matou e que depois foi lido, resgatado por Kafka e... mas só depois. e a fotografia do Sven Nykvist, outro nome maravilhoso. Sven Nykvist. se fala com a língua na ponta dos pés, se a língua tivesse pés..
Carlota está no meu colo, enrolada, carente. procuro uma rádio na Internet., está tocando Haydn, não era bem isso que eu buscava, não sei bem o que buscava, mas até que está legal, é bem mozartiano.
e como fico tanto em casa e quando saio e vejo pessoas e carros e agitação e papos vazios me canso e quero me refugiar de nôvo no meu casulo. estou ficando louca!