quinta-feira, março 20, 2008






Estava meio deprimida, comecei a`a juntar fotos `a olhar e resolvi fazer de nôvo o meu mural era tão bom mas as fotos e coisas começaram a cair... Fiz um mini, no chão, só com fotos minhas e de pessoas que "são eu" tbém...e melhorei, até. depois fotografei alguns cantinhos da casa...e fiquei tentando lembrar qual quadro do Matisse que tinha na parede lá de casa durante minha vida de casa -mas acho que foi quando era pequena Bulhões, Urca, não me lembro dele depois.
Tenho que escanear essas fotos uma por uma.

sábado, março 08, 2008

Texto escrito pela Ana Rondon maravilhoso!

Só agora depois de nossa conversa assisti ao filme" cadeira é uma cadeira é .... no "You Tube". lembrei de " Isto não é um cachimbo"...e tb de " isto é uma pedra no meu caminho.." ou uma rosa é uma rosa.
Ficou bárbaro ! Lindo de verdade !
Seu trabalho ganhou uma dimensão poética e uma força imagética transcendente...
Pena não ter Debussy aqui para continuar no clima ao escrever...
Coloquei My favorite things de Coltrane para ficar a altura...
Você e Fernando fizeram uma dobradinha e tanto - casal de causar invejas brancas e negras...em todos os bons sentidos...
Uma sintonia de artistas que comungam sensibilidades e intimidades...
Desculpe pelo comungar - cumplicidade - seria mais apropriado e sonoro... but ao mesmo tempo as imagens trazem uma subjetivdade tão espiritual. Foi tão bonito a fusão da sua imagem com a água, o mar, o tempo nebuloso e sutil de uma imagem com a outra no final.
A aproximação em preto e branco do espaço, no início, o tempo rápido, a câmera penetrando de fora para dentro o espaço, o registro das diversas apropriações: o empilhamento, os reflexos e ambiguidades, o objeto cadeira sendo de certa forma sendo dissecado, vida e morte convivendo num mesmo tempo/espaço, a deterioração, o amontoado, a desorganização, a organização, o estético coabitando entre transparências, profundidades e planos.( Dionísio e Apolo). O mundo real, a rua,os carros, as árvores a vida enfim... vazando e interferindo inexoravelmente no trabalho. Porque a arte acontece no espaço da vida, com todos os maravilhamentos e aporrinhações...o inédito e o costumeiro. O sublime e a rotina de tudo.
O que fica para mim é a sua postura de experimentar, perseguir e cercar um "tema" que parece pelo seu discurso de hoje que está se construindo ainda...... mas que é muito seu,pessoal, sincero, que na verdade reflete a sua identidade como pessoa e tb como artista.
Não importa o tempo que levamos para isso, nem que na maioria das vezes nos sentimos incapazes de justificar o que fazemos. Importa sim o nosso envolvimento. A experiência, nossa disponibilidade interna, liberdade não no sentido babaca de fazer o que der na telha, mas no sentido de criação de algo com todos os perrengues, limites internos e externos de uma determinada situação.
Afinal o que está em jogo? No fundo não sei a resposta??????????